O cubo mágico pode gerar mais de 43 quintilhões de combinações possíveis, e foi inventado pelo professor húngaro Ernő Rubik na década de 1970. A intenção de Rubik era ensinar de forma mais didática os conceitos de geometria tridimensional aos seus alunos, o que acabou gerando a criação do famoso cubo mágico.
O mais curioso de tudo é que, após embaralhar o cubo que ele mesmo desenvolveu, Rubik não soube como resolvê-lo e demorou cerca de um mês para que conseguisse enfim decifrá-lo.
O cubo mágico, em todas as suas configurações, é considerado o brinquedo mais vendido do mundo, com mais de um bilhão de vendas registradas. É também estimado que uma a cada sete pessoas vivas já tentou decifrá-lo e que, surpreendentemente, com apenas 20 movimentos é possível resolvê-lo.
Os principais tipos de cubos mágicos
Cubo mágico – 2×2
“O cubo mágico mais fácil” é bem semelhante ao cubo 3×3, porém sem as peças centrais, requer apenas três etapas para ser solucionado e apresenta 4 peças, 6 lados e 6 cores.
Como todo cubo mágico requer um algoritmo definido de solução, geralmente os movimentos necessários são referenciados em uma notação específica, de acordo com a peça central que apresenta uma marcação. A notação para os movimentos do cubo 2×2 são:
- F (frente horário), F’ (frente anti-horário);
- R (direita horário), R’ (direita anti-horário);
- L (esquerda horário), L’ (esquerda anti-horário);
- U (cima horário), U’ (cima anti-horário);
- D (baixo horário), D’ (baixo anti-horário);
- B (atrás horário), B’ (atrás anti-horário);
Para resolvê-lo, como dito anteriormente, são necessárias três etapas:
- Resolver uma das faces;
- Resolver a face oposta à primeira escolhida;
- Permutar quinas restantes.
Cubo mágico – 3×3
“O cubo mágico mais famoso” é o cubo criado por Rubik, que apresenta 6 faces (6 lados, como um dado), 6 cores (amarelo, verde, vermelho, laranja, azul e azul), e apresenta centros fixos. Além disso, também apresenta uma notação, que é idêntica à do cubo mágico 2×2.
Para resolvê-lo são necessárias sete etapas, que representam as respectivas montagens:
- Cruz branca;
- Primeira camada;
- Segunda camada;
- Cruz amarela;
- Face amarela;
- Quinas da última camada (movimento do “L”);
- Meios da última camada (“golpe de minerva”).
Cubo mágico – 4×4
O cubo mágico 4×4 apresenta o mesmo padrão de cores do 3×3 e a mesma quantidade de faces, apesar de conter maior número de peças e não conter centros. Como este cubo não apresenta centros, aquele que tentar decifrá-lo deve saber a respeito da oposição das cores:
- As peças amarelas devem estar opostas às brancas;
- As peças azuis devem ser opostas às verdes;
- As peças vermelhas devem ser opostas às laranjas.
Para resolvê-lo, são necessárias quatro etapas, sejam elas:
- Resolução de todos os centros (o quadrado central 2×2 de cada face, formado por quatro peças);
- Resolução de todos os meios (o retângulo 4×4 que forma as duas faixas centrais de cada face);
- Etapas do cubo 3×3 (isso mesmo, nessa etapa devem ser feitas todas as montagens, de 1 a 7, necessárias para o cubo 3×3);
- Resolução de possíveis paridades (são situações que podem ou não acontecer e requerem algoritmos específicos para solucioná-las).
Cubo mágico – 5×5, 6×6 e 7×7
Os cubos mágicos 5×5, 6×6 e 7×7 não apresentam bastante dificuldades para aqueles que já dominam a resolução dos cubos 3×3 e 4×4, afinal, partem do mesmo método e das mesmas técnicas.
Curiosamente, além das técnicas já esboçadas aqui de forma superficial, há também métodos avançados para os “cubistas” que procuram diminuir seu tempo de resolução. Um desses métodos se denomina “YAU”, e pode ser resumido em quatro etapas:
- Resolução de dois centros de faces opostas;
- Formação da cruz branca por peças de meio (peças de duas cores);
- Resolução dos demais centros;
- Permutação das quinas (resolver as paridades).
Cubo mágico – Megaminx
O megaminx é um cubo mágico dodecaedro, ou seja, ele apresenta doze lados, ou doze faces com doze cores diferentes (o que faz com ele pareça um arco-íris enigmático). A partir disso fica evidente que ele apresenta bastante peças.
Os mais experientes cubistas dirão que, caso você saiba resolver o “humilde” cubo mágico 3×3, o Megaminx não será um desafio tão complicado assim. Aliás, o recorde mundial de solução do dodecaedro é de cerca de 27,8 segundos, um feito e tanto quando pensamos que este cubo apresenta 50 peças móveis.
Cubo mágico – Pyraminx
O Pyraminx, triângulo ou tetraedro (quatro lados) possui quatro cores e foi inventado também na década de 1970. Apresenta as mesmas notações do 3×3 e do 2×2, com exceção da “D” e da “F”. Um outro fator peculiar do Pyraminx são as “tips”, as pontas do puzzle, que, neste caso, são móveis e precisam ser movimentadas para a sua resolução.
Cubo mágico – Skewb
O Skewb foi inventado na década de 1980 por um famoso criador de puzzles que também inventou o Pyraminx. O Skewb é o último cubo mágico a entrar na lista de eventos oficias da WCA, a Associação Mundial de Cubos.
O Skewb tem um dinâmica de giro diferente de um cubo mágico comum, pois seus centros são mutáveis, o que determina que seus movimentos são pelas diagonais. Apesar da aparente dificuldade, é considerado por muitos um dos puzzles mais fáceis de serem resolvidos.
Cubo mágico – Clock
O Clock, ou “relógio” é o puzzle que mais se difere dos demais, e, como é composto de vários relógios com ponteiros, o seu objetivo consiste em colocar todos os seus relógios em 12h (meio-dia), em ambas as faces.
Ao contrário dos demais puzzles, para realizar alterações no Clock é necessário girar as “rodinhas” em suas bordas, que movimentarão os pinos e, por consequência, os ponteiros dos relógios.
Cubo mágico – Square-1
O Square-1, à primeira vista, parece bastante com o cubo mágico 3×3; mas, na realidade, quando você começa a movimentá-lo, você pode perceber que ele é bem diferente do 3×3. Além disso, com um pouco mais de atenção você pode também notar que as geometrias das peças, dos “cubinhos” que preenchem cada face não são idênticas umas às outras. Tudo isso torna esse puzzle um dos mais difíceis, de acordo com os cubistas mais aficionados.
Alternativas de resolução de cubos mágicos – one-hand, feet e blinded
Além da ampla variedade de tipos de cubos mágicos e puzzles, também é possível aumentar o nível de dificuldade e se desafiar bastante optando por outros meios de resolução além do padrão.
A modalidade “one-hand” (uma mão) diz respeito à solução de qualquer cubo mágico com apenas uma mão, sem o uso de ambas. Já a “feet” (pés) está direcionada à resolução de um puzzle somente com os seus pés. Por último, há também, talvez a mais difícil de todas, a “blinded” (vendado), tipo de resolução na qual o cubista deve resolver um dos cubos mágicos com os olhos totalmente vendados.